terça-feira, 6 de julho de 2010

ONZE CONTRA ONZE.

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Nas modalidades olímpicas de Atletismo e Natação existem algumas provas ditas "de equipa", também designadas "estafetas", que de equipa, contudo, não têm práticamente nada (tirando o muito breve momento da passagem do testemunho), já que o resultado global da prova resulta do somatório aritmético directo dos resultados de cada um dos seus elementos. No Futebol, como em todos os restantes jogos de equipa (mesmo uma simples partida de ténis a pares...), já não se passa assim.


Com efeito, em todos os jogos colectivos, do vólei de praia ao râguebi, o resultado final não resulta do somatório aritmético das prestações de cada elemento da equipa, mas antes do seu desempenho global enquanto colectivo de jogadores. Onde os talentos individuais também podem ser decisivos, mas apenas na medida em que revertam para benefício da eficácia do conjunto.


Países há, todavia, nos quais, talvez fruto de aspectos culturais e idiossincráticos da mentalidade dos respectivos Povos, a avaliação da valia global do colectivo é de muito mais difícil apreensão e compreensão do que a mera percepção dos valores tomados individualmente. Nestes Países, como Portugal, a discussão à volta do Futebol gira práticamente sempre em torno dos Jogadores e raramente em torno da Equipa. No domínio das selecções nacionais, por exemplo, discute-se sempre apenas qual o melhor titular para cada uma das posições dentro do campo, em vez de se debater própriamente a estrutura, ela mesma, dessas posições e as melhores formas de engendrar um estilo de jogo colectivo eficiente, antes de se passar então à discussão de quais os melhores intérpretes, de entre a "matéria-prima" disponível, para essa estratégia em concreto.


Talvez por isso surjam sempre tantas surpresas nas competições internacionais de Selecções, onde as equipas e os estilos são menos estáveis do que nos Clubes e o que mais conta, em cada momento, é a forma como a Selecção se construíu e preparou para cada competição específica.


Sem prejuízo de se irem quase sempre mantendo, em linhas gerais, algumas características específicas de um certo modo de jogar típico de cada País, as surpresas advêm quase sempre desta incapacidade de raciocinar e equacionar em termos do valor colectivo, pois que a realidade acaba quase sempre por provar que o mesmo não correspondeu às expectativas, baseadas únicamente no somatório dos valores individuais.


E é por este facto que as surpresas são geralmente fruto desta desilusão, por um lado, ou pela afirmação, por outro, de uma inusitada valia colectiva onde não eram detectáveis, a priori, valias individuais relevantes!


Acontece a primeira situação quase sempre às selecções sul-americanas, recheadas de estrelas internacionais, mas também muitas vezes às selecções latinas, como Portugal, Espanha e Itália, assim como à selecção inglesa, igualmente recheada de protagonistas e vedetas com bastante frequência. A situação inversa acontece, por norma, com as Selecções dos Países "frios", como os nórdicos, ou os de Leste, mas também já sucedeu com a Grécia e até com a Coreia do Sul, ou com Marrocos! Depende muito, seguramente, do Treinador que está ao comando da Selecção (no caso da Grécia, surpreendentemente vitoriosa em 2004, o Treinador era germânico; e também é provável que a Costa do Marfim, com por exemplo D. Maradona a treiná-la, fosse substancialmente diferente, menos colectiva, do que foi com S.-G. Eriksson).


Este ano essa "desilusão individualista" aconteceu mais uma vez, primeiro com Portugal, depois com o Brasil e a Argentina, seguindo-se presumivelmente agora (já amanhã) a balofa Espanha. Que, porém, também já tem estado do lado contrário, aliás como igualmente Portugal! Desse lado da "surpresa colectivista" no qual, desta vez, se encontram a Alemanha, de uma forma arrasadora e concludente, mas também de certa forma o Uruguai, o Gana, os Estados Unidos e a Holanda.


Ao ver a Alemanha evoluir em campo, numa elegia avassaladora e heróica à prevalência do mérito colectivo sobre o talento individual, não podemos deixar de nos recordar não só de outras Alemanhas grandiosas do passado, como a de Beckenbauer, Netzer e Gerd Müller, ou a de Matthäus e Klinsmann, como ainda de certas Holandas épicas (as de Cruijft, de Rensenbrink e de Gullit), ou de algumas superlativas Bélgicas, Uniões Soviéticas, Jugoslávias e Polónias de outros tempos, das mais recentes e excepcionais Franças, Itálias, Dinamarcas, Roménias e até Brasis (como o de Eder, Sócrates e Falcão), já para não irmos aos casos mais próximos da Turquia e da República Checa, por exemplo, que conseguiram, cada qual à sua maneira (e em devido tempo), elevar a dinâmica futebolística do jogo colectivo à sublime categoria de pura Magia!



A Selecção alemã deste ano é, sem dúvida alguma, a majestosa herdeira dessa nobre tradição do Futebol de Selecções com depurado jogo colectivo - fruto provávelmente, ó doce ironia, da forçada ausência da sua grande estrela, Ballack! -, e seria muito bom que a demonstração inequívoca da superioridade deste conceito de colectivismo sobre a pobreza do jogo meramente individualista (tão patéticamente evidenciado neste campeonato por "estrelas" como di Maria, Messi, Cristiano Ronaldo, mas também muito bem representado por "craques" como o Deco, o Eto'o, ou mesmo as mediatizadas vedetas inglesinhas), servisse para ajudar os adeptos, dirigentes, treinadores e "analistas" portugueses deste desporto tão popular a centrarem mais as suas atenções na problemática do jogo de equipa e a relegarem para o lugar secundário que merece a reduzida relevância dos malabarismos circenses individuais, espectaculares e exibicionistas, mas sem qualquer préstimo para o desempenho global.


Comece-se por fazer a devida justiça ao modo exemplar como joga a defesa desta Selecção de Carlos Queirós, uma das melhores de todo o "Mundial" (ainda hoje o Torres o reconheceu), e perceba-se que o jogo eminentemente colectivo de Portugal na defesa assenta, sobretudo, numa fabulosa articulação entre todos os jogadores defensivos e não apenas nos seus méritos e esforços individuais. Experimente-se o mesmo no respeitante ao jogo ofensivo (um passo importante já foi dado nesse sentido, com a saída do inútil Deco), tire-se o Cristiano Ronaldo (ou obrigue-se-o a jogar para a equipa!) e dê-se uma oportunidade ao Nuno Gomes, ao João Moutinho (e, por que não, também ao Quaresma?) e tirem-se, depois, as devidas conclusões...

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5 comentários:

  1. «Do Futebol: CRISTIANO RONALDO – A GRANDE DESILUSÃO DE PORTUGAL

    (por Grahame L. Jones).

    Cidade do Cabo, África do Sul,
    29 de Junho de 2 010.

    Uma fraude, um impostor, um cordeiro em pele de lobo.

    Estamos a falar do n.º 7 de Portugal, o mais caro futebolista de todos os tempos: Cristiano Ronaldo.

    Estamos a falar do porquê de Portugal já não ir aos Quartos-de-Final do “Mundial”, enquanto a Espanha irá.

    Estamos a falar de como um homem que ganha dezenas de milhões de dólares para jogar à bola não quis empenhar-se a fundo no mais importante desafio da Selecção do seu País nos últimos anos.

    Ao soar do apito final na noite chuvosa e fria da passada Terça-Feira, Ronaldo atirou para a relva a braçadeira de “capitão” e saíu do campo, de cabeça erguida e olhar fixo em frente, ignorando todos os que, de coração desfeito, tentavam apesar de tudo consolá-lo.

    O n.º 7 contrário, o espanhol David Villa, acabava de produzir o tipo de prestação que todos esperavam de Ronaldo: marcara o único e decisivo golo do encontro e demonstrara, ao longo do mesmo, todo o seu talento e toda a sua garra vencedora.

    Ronaldo, pelo contrário, andou a fazer cera o jogo todo. De tal modo, que talvez nem precisasse de duche. Não deve ter gerado uma única gota de suor, dada a sua total invisibilidade e falta de esforço.

    E foi este homem o grande ídolo do Sporting, depois do Manchester United e, agora, do Real Madrid. Na noite de ontem, porém, não passou de um madraço.

    Antes do pontapé-de-saída, ainda se esperava que Ronaldo cumprisse a expectativa de levar Portugal, finalmente, à glória de uma presença numa Final de um “Mundial” de Futebol.

    Há quatro anos, Portugal chegara ao quarto lugar na Alemanha. Este ano apresentavam-se com uma das melhores defesas do Mundo, só precisando de um Ronaldo motivado para a faísca decisiva no ataque.

    Dezenas de milhar de portugueses acorreram ao Estádio. Vinham ver a “estrela galáctica” e multi-milionária do Real Madrid, Ronaldo, o símbolo, Ronaldo, o terror dos defesas contrários, Ronaldo, o melhor jogador do Mundo em 2008…

    Só tiveram direito a ver Ronaldo, o ordinário. Talvez mesmo a fraude mais dispendiosa do Futebol mundial!

    (…)

    Antes do jogo, houve logo um pequeno sinal do que estava para suceder ao pequeno madeirense. No alinhamento inicial, apenas cerrou os lábios, enquanto todos os seus companheiros cantavam o Hino nacional. Depois de cumprimentar os adversários, tomou o seu lugar na ala direita, olhou o Céu e, levantando os braços, balbuciou uma oração. Mas não deve ter sido para jogar bem, para estar inspirado, para comandar a sua equipa.

    Na conferência de imprensa que se seguiu à derrota, perguntaram a Queirós se considerava ter sido Ronaldo uma boa escolha para “capitão”.

    “- Isso está fora de questão”, respondeu o seleccionador português. “- Ele é o nosso melhor jogador, é o nosso líder. A escolha foi minha e da Federação e temos de acreditar que foi a melhor possível e que Ronaldo está à altura desse cargo”.

    Contudo, na noite de Terça-feira, Ronaldo demonstrou que não está.

    Práticamente não fez um “sprint” digno desse nome em todo o jogo. Não disputou bolas. Não recuou em tarefas defensivas. Apenas tentou o remate por quatro vezes, a última das quais num esforço desesperado e sem qualquer convicção, que arrancou “buuu’s” da multidão.

    A única coisa digna de registo que se viu de Ronaldo, em todo o jogo, foi um livre directo a cerca de 25m da baliza, que Casillas defendeu com dificuldade (e ao estilo de voleibolista). Tirando isso, foi mesmo mau de mais para ser verdade…»

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  2. «Do Futebol: CRISTIANO RONALDO – A GRANDE DESILUSÃO DE PORTUGAL

    (por Grahame L. Jones).

    Cidade do Cabo, África do Sul,
    29 de Junho de 2 010.

    Uma fraude, um impostor, um cordeiro em pele de lobo.

    Estamos a falar do n.º 7 de Portugal, o mais caro futebolista de todos os tempos: Cristiano Ronaldo.

    Estamos a falar do porquê de Portugal já não ir aos Quartos-de-Final do “Mundial”, enquanto a Espanha irá.

    Estamos a falar de como um homem que ganha dezenas de milhões de dólares para jogar à bola não quis empenhar-se a fundo no mais importante desafio da Selecção do seu País nos últimos anos.

    Ao soar do apito final na noite chuvosa e fria da passada Terça-Feira, Ronaldo atirou para a relva a braçadeira de “capitão” e saíu do campo, de cabeça erguida e olhar fixo em frente, ignorando todos os que, de coração desfeito, tentavam apesar de tudo consolá-lo.

    O n.º 7 contrário, o espanhol David Villa, acabava de produzir o tipo de prestação que todos esperavam de Ronaldo: marcara o único e decisivo golo do encontro e demonstrara, ao longo do mesmo, todo o seu talento e toda a sua garra vencedora.

    Ronaldo, pelo contrário, andou a fazer cera o jogo todo. De tal modo, que talvez nem precisasse de duche. Não deve ter gerado uma única gota de suor, dada a sua total invisibilidade e falta de esforço.

    E foi este homem o grande ídolo do Sporting, depois do Manchester United e, agora, do Real Madrid. Na noite de ontem, porém, não passou de um madraço.

    Antes do pontapé-de-saída, ainda se esperava que Ronaldo cumprisse a expectativa de levar Portugal, finalmente, à glória de uma presença numa Final de um “Mundial” de Futebol.

    Há quatro anos, Portugal chegara ao quarto lugar na Alemanha. Este ano apresentavam-se com uma das melhores defesas do Mundo, só precisando de um Ronaldo motivado para a faísca decisiva no ataque.

    Dezenas de milhar de portugueses acorreram ao Estádio. Vinham ver a “estrela galáctica” e multi-milionária do Real Madrid, Ronaldo, o símbolo, Ronaldo, o terror dos defesas contrários, Ronaldo, o melhor jogador do Mundo em 2008…

    Só tiveram direito a ver Ronaldo, o ordinário. Talvez mesmo a fraude mais dispendiosa do Futebol mundial!

    (…)

    Antes do jogo, houve logo um pequeno sinal do que estava para suceder ao pequeno madeirense. No alinhamento inicial, apenas cerrou os lábios, enquanto todos os seus companheiros cantavam o Hino nacional. Depois de cumprimentar os adversários, tomou o seu lugar na ala direita, olhou o Céu e, levantando os braços, balbuciou uma oração. Mas não deve ter sido para jogar bem, para estar inspirado, para comandar a sua equipa.

    Na conferência de imprensa que se seguiu à derrota, perguntaram a Queirós se considerava ter sido Ronaldo uma boa escolha para “capitão”.

    “- Isso está fora de questão”, respondeu o seleccionador português. “- Ele é o nosso melhor jogador, é o nosso líder. A escolha foi minha e da Federação e temos de acreditar que foi a melhor possível e que Ronaldo está à altura desse cargo”.

    Contudo, na noite de Terça-feira, Ronaldo demonstrou que não está.

    Práticamente não fez um “sprint” digno desse nome em todo o jogo. Não disputou bolas. Não recuou em tarefas defensivas. Apenas tentou o remate por quatro vezes, a última das quais num esforço desesperado e sem qualquer convicção, que arrancou “buuu’s” da multidão.

    A única coisa digna de registo que se viu de Ronaldo, em todo o jogo, foi um livre directo a cerca de 25m da baliza, que Casillas defendeu com dificuldade (e ao estilo de voleibolista). Tirando isso, foi mesmo mau de mais para ser verdade…»

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  3. «Do Futebol: CRISTIANO RONALDO – A GRANDE DESILUSÃO DE PORTUGAL

    (por Grahame L. Jones).

    Cidade do Cabo, África do Sul,
    29 de Junho de 2 010.

    Uma fraude, um impostor, um cordeiro em pele de lobo.

    Estamos a falar do n.º 7 de Portugal, o mais caro futebolista de todos os tempos: Cristiano Ronaldo.

    Estamos a falar do porquê de Portugal já não ir aos Quartos-de-Final do “Mundial”, enquanto a Espanha irá.

    Estamos a falar de como um homem que ganha dezenas de milhões de dólares para jogar à bola não quis empenhar-se a fundo no mais importante desafio da Selecção do seu País nos últimos anos.

    Ao soar do apito final na noite chuvosa e fria da passada Terça-Feira, Ronaldo atirou para a relva a braçadeira de “capitão” e saíu do campo, de cabeça erguida e olhar fixo em frente, ignorando todos os que, de coração desfeito, tentavam apesar de tudo consolá-lo.

    O n.º 7 contrário, o espanhol David Villa, acabava de produzir o tipo de prestação que todos esperavam de Ronaldo: marcara o único e decisivo golo do encontro e demonstrara, ao longo do mesmo, todo o seu talento e toda a sua garra vencedora.

    Ronaldo, pelo contrário, andou a fazer cera o jogo todo. De tal modo, que talvez nem precisasse de duche. Não deve ter gerado uma única gota de suor, dada a sua total invisibilidade e falta de esforço.

    E foi este homem o grande ídolo do Sporting, depois do Manchester United e, agora, do Real Madrid. Na noite de ontem, porém, não passou de um madraço.

    Antes do pontapé-de-saída, ainda se esperava que Ronaldo cumprisse a expectativa de levar Portugal, finalmente, à glória de uma presença numa Final de um “Mundial” de Futebol.

    Há quatro anos, Portugal chegara ao quarto lugar na Alemanha. Este ano apresentavam-se com uma das melhores defesas do Mundo, só precisando de um Ronaldo motivado para a faísca decisiva no ataque.

    Dezenas de milhar de portugueses acorreram ao Estádio. Vinham ver a “estrela galáctica” e multi-milionária do Real Madrid, Ronaldo, o símbolo, Ronaldo, o terror dos defesas contrários, Ronaldo, o melhor jogador do Mundo em 2008…

    Só tiveram direito a ver Ronaldo, o ordinário. Talvez mesmo a fraude mais dispendiosa do Futebol mundial!

    (…)

    Antes do jogo, houve logo um pequeno sinal do que estava para suceder ao pequeno madeirense. No alinhamento inicial, apenas cerrou os lábios, enquanto todos os seus companheiros cantavam o Hino nacional. Depois de cumprimentar os adversários, tomou o seu lugar na ala direita, olhou o Céu e, levantando os braços, balbuciou uma oração. Mas não deve ter sido para jogar bem, para estar inspirado, para comandar a sua equipa.

    Na conferência de imprensa que se seguiu à derrota, perguntaram a Queirós se considerava ter sido Ronaldo uma boa escolha para “capitão”.

    “- Isso está fora de questão”, respondeu o seleccionador português. “- Ele é o nosso melhor jogador, é o nosso líder. A escolha foi minha e da Federação e temos de acreditar que foi a melhor possível e que Ronaldo está à altura desse cargo”.

    Contudo, na noite de Terça-feira, Ronaldo demonstrou que não está.

    Práticamente não fez um “sprint” digno desse nome em todo o jogo. Não disputou bolas. Não recuou em tarefas defensivas. Apenas tentou o remate por quatro vezes, a última das quais num esforço desesperado e sem qualquer convicção, que arrancou “buuu’s” da multidão.

    A única coisa digna de registo que se viu de Ronaldo, em todo o jogo, foi um livre directo a cerca de 25m da baliza, que Casillas defendeu com dificuldade (e ao estilo de voleibolista). Tirando isso, foi mesmo mau de mais para ser verdade…»

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  4. «Do Futebol: CRISTIANO RONALDO – A GRANDE DESILUSÃO DE PORTUGAL

    (por Grahame L. Jones).

    Cidade do Cabo, África do Sul,
    29 de Junho de 2 010.

    Uma fraude, um impostor, um cordeiro em pele de lobo.

    Estamos a falar do n.º 7 de Portugal, o mais caro futebolista de todos os tempos: Cristiano Ronaldo.

    Estamos a falar do porquê de Portugal já não ir aos Quartos-de-Final do “Mundial”, enquanto a Espanha irá.

    Estamos a falar de como um homem que ganha dezenas de milhões de dólares para jogar à bola não quis empenhar-se a fundo no mais importante desafio da Selecção do seu País nos últimos anos.

    Ao soar do apito final na noite chuvosa e fria da passada Terça-Feira, Ronaldo atirou para a relva a braçadeira de “capitão” e saíu do campo, de cabeça erguida e olhar fixo em frente, ignorando todos os que, de coração desfeito, tentavam apesar de tudo consolá-lo.

    O n.º 7 contrário, o espanhol David Villa, acabava de produzir o tipo de prestação que todos esperavam de Ronaldo: marcara o único e decisivo golo do encontro e demonstrara, ao longo do mesmo, todo o seu talento e toda a sua garra vencedora.

    Ronaldo, pelo contrário, andou a fazer cera o jogo todo. De tal modo, que talvez nem precisasse de duche. Não deve ter gerado uma única gota de suor, dada a sua total invisibilidade e falta de esforço.

    E foi este homem o grande ídolo do Sporting, depois do Manchester United e, agora, do Real Madrid. Na noite de ontem, porém, não passou de um madraço.

    Antes do pontapé-de-saída, ainda se esperava que Ronaldo cumprisse a expectativa de levar Portugal, finalmente, à glória de uma presença numa Final de um “Mundial” de Futebol.

    Há quatro anos, Portugal chegara ao quarto lugar na Alemanha. Este ano apresentavam-se com uma das melhores defesas do Mundo, só precisando de um Ronaldo motivado para a faísca decisiva no ataque.

    Dezenas de milhar de portugueses acorreram ao Estádio. Vinham ver a “estrela galáctica” e multi-milionária do Real Madrid, Ronaldo, o símbolo, Ronaldo, o terror dos defesas contrários, Ronaldo, o melhor jogador do Mundo em 2008…

    Só tiveram direito a ver Ronaldo, o ordinário. Talvez mesmo a fraude mais dispendiosa do Futebol mundial!

    (…)

    Antes do jogo, houve logo um pequeno sinal do que estava para suceder ao pequeno madeirense. No alinhamento inicial, apenas cerrou os lábios, enquanto todos os seus companheiros cantavam o Hino nacional. Depois de cumprimentar os adversários, tomou o seu lugar na ala direita, olhou o Céu e, levantando os braços, balbuciou uma oração. Mas não deve ter sido para jogar bem, para estar inspirado, para comandar a sua equipa.

    Na conferência de imprensa que se seguiu à derrota, perguntaram a Queirós se considerava ter sido Ronaldo uma boa escolha para “capitão”.

    “- Isso está fora de questão”, respondeu o seleccionador português. “- Ele é o nosso melhor jogador, é o nosso líder. A escolha foi minha e da Federação e temos de acreditar que foi a melhor possível e que Ronaldo está à altura desse cargo”.

    Contudo, na noite de Terça-feira, Ronaldo demonstrou que não está.

    Práticamente não fez um “sprint” digno desse nome em todo o jogo. Não disputou bolas. Não recuou em tarefas defensivas. Apenas tentou o remate por quatro vezes, a última das quais num esforço desesperado e sem qualquer convicção, que arrancou “buuu’s” da multidão.

    A única coisa digna de registo que se viu de Ronaldo, em todo o jogo, foi um livre directo a cerca de 25m da baliza, que Casillas defendeu com dificuldade (e ao estilo de voleibolista). Tirando isso, foi mesmo mau de mais para ser verdade…»

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  5. «Do Futebol: CRISTIANO RONALDO – A GRANDE DESILUSÃO DE PORTUGAL

    (por Grahame L. Jones).

    Cidade do Cabo, África do Sul,
    29 de Junho de 2 010.

    Uma fraude, um impostor, um cordeiro em pele de lobo.

    Estamos a falar do n.º 7 de Portugal, o mais caro futebolista de todos os tempos: Cristiano Ronaldo.

    Estamos a falar do porquê de Portugal já não ir aos Quartos-de-Final do “Mundial”, enquanto a Espanha irá.

    Estamos a falar de como um homem que ganha dezenas de milhões de dólares para jogar à bola não quis empenhar-se a fundo no mais importante desafio da Selecção do seu País nos últimos anos.

    Ao soar do apito final na noite chuvosa e fria da passada Terça-Feira, Ronaldo atirou para a relva a braçadeira de “capitão” e saíu do campo, de cabeça erguida e olhar fixo em frente, ignorando todos os que, de coração desfeito, tentavam apesar de tudo consolá-lo.

    O n.º 7 contrário, o espanhol David Villa, acabava de produzir o tipo de prestação que todos esperavam de Ronaldo: marcara o único e decisivo golo do encontro e demonstrara, ao longo do mesmo, todo o seu talento e toda a sua garra vencedora.

    Ronaldo, pelo contrário, andou a fazer cera o jogo todo. De tal modo, que talvez nem precisasse de duche. Não deve ter gerado uma única gota de suor, dada a sua total invisibilidade e falta de esforço.

    E foi este homem o grande ídolo do Sporting, depois do Manchester United e, agora, do Real Madrid. Na noite de ontem, porém, não passou de um madraço.

    Antes do pontapé-de-saída, ainda se esperava que Ronaldo cumprisse a expectativa de levar Portugal, finalmente, à glória de uma presença numa Final de um “Mundial” de Futebol.

    Há quatro anos, Portugal chegara ao quarto lugar na Alemanha. Este ano apresentavam-se com uma das melhores defesas do Mundo, só precisando de um Ronaldo motivado para a faísca decisiva no ataque.

    Dezenas de milhar de portugueses acorreram ao Estádio. Vinham ver a “estrela galáctica” e multi-milionária do Real Madrid, Ronaldo, o símbolo, Ronaldo, o terror dos defesas contrários, Ronaldo, o melhor jogador do Mundo em 2008…

    Só tiveram direito a ver Ronaldo, o ordinário. Talvez mesmo a fraude mais dispendiosa do Futebol mundial!

    (…)

    Antes do jogo, houve logo um pequeno sinal do que estava para suceder ao pequeno madeirense. No alinhamento inicial, apenas cerrou os lábios, enquanto todos os seus companheiros cantavam o Hino nacional. Depois de cumprimentar os adversários, tomou o seu lugar na ala direita, olhou o Céu e, levantando os braços, balbuciou uma oração. Mas não deve ter sido para jogar bem, para estar inspirado, para comandar a sua equipa.

    Na conferência de imprensa que se seguiu à derrota, perguntaram a Queirós se considerava ter sido Ronaldo uma boa escolha para “capitão”.

    “- Isso está fora de questão”, respondeu o seleccionador português. “- Ele é o nosso melhor jogador, é o nosso líder. A escolha foi minha e da Federação e temos de acreditar que foi a melhor possível e que Ronaldo está à altura desse cargo”.

    Contudo, na noite de Terça-feira, Ronaldo demonstrou que não está.

    Práticamente não fez um “sprint” digno desse nome em todo o jogo. Não disputou bolas. Não recuou em tarefas defensivas. Apenas tentou o remate por quatro vezes, a última das quais num esforço desesperado e sem qualquer convicção, que arrancou “buuu’s” da multidão.

    A única coisa digna de registo que se viu de Ronaldo, em todo o jogo, foi um livre directo a cerca de 25m da baliza, que Casillas defendeu com dificuldade (e ao estilo de voleibolista). Tirando isso, foi mesmo mau de mais para ser verdade…»

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