quarta-feira, 30 de junho de 2010

DE CR-7 A CR-0.



. cComeçou logo por ser o único dos onze que não cantou o Hino Nacional. Isto apesar de ser o "Capitão"! Chocante. Em vez disso, fez uns esgares supersticiosos, que já denunciavam (e prenunciavam...) a angústia de se saber completamente à mercê da "sorte". Malvada, como sempre nestes casos...


.. Depois, foi... aquilo que todos vimos. Nem vale a pena falar mais sobre o assunto. E não é que isto seja uma questão pessoal. O Cristiano Ronaldo não é pessoalmente culpado de a Selecção viver e sonhar à conta da sua personalidade. Algo de muito semelhante acontece também com o Deco, ou aconteceria com qualquer outra individualidade que pusesse a sua importância pessoal acima da do grupo. A culpa, afinal, é um pouco do País inteiro, sedento de desforra sobre a sua "sorte madrasta", mas que não consegue ir além da permanente e absoluta fulanização, num jogo, desporto e espectáculo que é, por natureza, intrínsecamente colectivo!

. Até a culpa de ter sido escolhido como "Capitão" deste conjunto também não é toda dele. Vendo bem, a sua única e pesada culpa é a de ter acreditado que, sim, ele poderia ser capaz de, pelo seu talento e esforço individuais, suprir a fatal inexistência de uma EQUIPA em campo digna desse nome. E, igualmente, a de se ter deixado puerilmente seduzir pela miragem de poder ser, à conta disso, uma espécie de herói nacional, a quem caberiam (quase) todos os louros pelo nosso triunfo!


. É só por isso, e ainda que de uma forma simétricamente criticável, que terá agora de arcar ele, (quase) sózinho, com toda a responsabilidade pelo nosso fracasso! Que desperdício de talento, ó CR-ZERO...

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